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EAN: 7896676434606
Fabricante: Cristália
Princípio Ativo: Somatropina
Tipo do Medicamento: Biológico
Necessita de Receita: C5 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Só Pode ser Vendido com Retenção da Receita)
Categoria(s): Repositores Hormonais
Classe Terapêutica: Hormônios Do Crescimento
Especialidades: Endocrinologia
Mais informações sobre o medicamento
Este medicamento é indicado:
- No tratamento de longo prazo de crianças com distúrbios de crescimento devido às seguintes condições: secreção insuficiente do hormônio de crescimento, síndrome de Turner (doença genética que só acomete mulheres), crianças nascidas pequenas para a idade gestacional que não recuperaram a altura nos primeiros quatro anos de vida e síndrome de Prader-Willi (doença genética que acomete ambos os sexos);
- No tratamento de baixa estatura idiopática (sem causa identificada);
- Na terapia de reposição em adultos com deficiência de hormônio de crescimento.
A somatropina é um hormônio que age no metabolismo de lípides (gorduras do sangue), carboidratos e proteínas. Estimula o crescimento e aumenta a velocidade de crescimento em crianças que têm deficiência de hormônio de crescimento (GH) endógeno (produzido pelo organismo). Em adultos, assim como em crianças, a somatropina mantém a composição corpórea normal através do estímulo do crescimento dos músculos e ossos e distribuição da gordura corpórea. A gordura dos órgãos é bastante responsiva ao GH. Além do aumento da quebra das gorduras, a somatropina diminui os estoques de gordura corporal.
A somatropina é contraindicada:
- A pacientes que apresentam hipersensibilidade (reação alérgica) à somatropina ou a qualquer componente da fórmula;
- A pacientes que possuam evidência de atividade neoplásica (câncer), pacientes com crescimento não controlado de tumores intracranianos (dentro do crânio) benignos;
- Pacientes aguda e criticamente doentes por complicações após a cirurgia cardíaca (do coração), cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo ou insuficiência respiratória aguda (diminuição aguda da respiração);
- Para promover o crescimento em crianças com epífises (áreas de crescimento dos ossos) fechadas;
- A pacientes com retinopatia diabética (doença da retina causada por diabetes) proliferativa ativa ou não proliferativa grave.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Reconstituição
O produto deve ser reconstituído com a solução diluente.
Instruções para reconstituição
Para reconstituir o produto deve-se retirar exatamente 1,0 mL (para Criscy 4 UI, 12 UI e 16 UI) ou 1,9 mL (para Criscy 30 UI) da solução diluente com uma seringa estéril, injetando-o dentro do frasco de Criscy, direcionando o jato para a parede do frasco, fazendo movimentos leves e circulares no frasco. Não agitar vigorosamente. Soluções turvas ou com partículas não devem ser utilizadas.
Após o pó liofilizado ter sido dissolvido em 1,0 mL (para Criscy 4UI, 12 UI e 16 UI) ou 1,9 mL (para Criscy 30 UI) da solução diluente, as soluções finais terão 1,33 mg (4 UI), 4,0 mg (12 UI) , 5,33 mg (16 UI) e 10,13 mg (30 UI) de somatropina por mL, respectivamente.
Utilize somente a quantidade recomendada da solução diluente (1,0 mL – para o Criscy 4 UI, 12 UI e 16 UI, ou 1,9 mL – para o Criscy 30 UI). O diluente restante no frasco-ampola da solução diluente deverá ser descartado.
Instruções para preparo e aplicação com a seringa:
O produto deve ser administrado por indivíduos devidamente treinados e familiarizados com seu uso.
- Reúna todo o material (frascos, seringas, algodão, álcool 70% e agulhas) necessário e lave as mãos antes de iniciar o processo.
- Retirar a tampa plástica do frasco-ampola do diluente bacteriostático e limpar a tampa de borracha com álcool antes de introduzir a agulha.
- Pegar o frasco-ampola do diluente bacteriostático:
- Para Criscy 4 UI, 12 UI ou 16 UI: Empurrar a agulha através da tampa de borracha e retirar 1,0 mL do diluente com uma seringa e agulha novas adequadas;
- Para Criscy 30 UI: Empurrar a agulha através da tampa de borracha e retirar 1,9 mL do diluente com uma seringa e agulha novas adequadas.
- Retirar a tampa plástica do frasco-ampola do Criscy e limpar a tampa de borracha com álcool antes de introduzir a agulha.
- Pegar o frasco-ampola do Criscy, empurrar a agulha através da tampa de borracha e injetar o diluente lentamente dentro do frasco-ampola direcionando o jato contra a parede de vidro para evitar a formação de espuma.
- Diluir a solução através de movimentos rotativos suaves, até o conteúdo estar completamente dissolvido. Não agitar vigorosamente. Se a solução estiver turva ou contiver partículas, não utilizar. O conteúdo deve ser límpido, praticamente isento de partículas e incolor ou levemente amarelada após a preparação.
- Retirar o volume de dose calculada para o paciente, utilizando seringa e agulha novas como a utilizada para aplicação de insulina.
- Assegurar-se que as bolhas de ar foram retiradas segurando a seringa com a agulha virada para cima e dando pequenos toques na seringa com o dedo indicador até que todas as bolhas se juntem no topo. Empurrar lentamente o êmbolo da seringa para retirar todas as bolhas de ar até que haja uma pequena gota de líquido na extremidade da agulha.
- Limpar a pele no local de aplicação com novo algodão umedecido com álcool, fazendo movimento espiral para fora. Esperar secar e pinçar a pele formando uma dobra, introduzir a agulha em um ângulo reto (90 graus), como indicado na figura, e injetar lentamente o medicamento. Contar até 5 segundos antes de retirar a agulha.
Uma vez reconstituída, a solução de Criscy pode ser armazenada por 28 dias, seguindo instruções dos cuidados de armazenamento contido em bula.
Não congelar ou expor ao sol. E não usar o medicamento após o prazo de validade.
A cada nova administração deve-se utilizar uma nova seringa com agulha e repetir o processo a partir da etapa 7, até que o frasco-ampola já preparado não tenha mais conteúdo para novas administrações.
Variar o local de aplicação para evitar a ocorrência de lipoatrofia (diminuição localizada da gordura corporal).
Utilizar sempre a dose prescrita em todas as aplicações, conforme orientação do seu médico. Caso haja dificuldade em retirar volume suficiente do frasco com medicação reconstituída, pode ser necessária a abertura de um novo frasco para completar a dose. Neste caso, contatar um profissional de saúde para instruções.
Coloque todas as seringas e agulhas usadas, bem como os frascos-ampola vazios, em um recipiente de “perfurocortantes” apropriado. Descarte adequadamente suas seringas.
Pacientes com deficiência visual devem utilizar o Criscy somente com a ajuda de alguém treinado para preparo e aplicação do medicamento.
Dosagem
A dose e o esquema de administração devem ser individualizados e estabelecidos somente pelo médico. A dose semanal de Criscy deve ser dividida em 6-7 injeções subcutâneas devendo-se variar o local de aplicação para evitar a ocorrência de lipoatrofia (diminuição da gordura corporal localizada).
Tabela 1: Doses recomendadas para crianças
Indicação | Dose diária | |||
Mg/kg de peso corpóreo | UI/kg de peso corpóreo | Mg/m2 área da superfície corpórea | UI/m2 área da superfície corpórea | |
Deficiência do hormônio de crescimento em crianças1 |
0,025 – 0,035 | 0,07 – 0,10 | 0,7 – 1,0 | 2,1 – 3,0 |
Síndrome de Turner | 0,045 – 0,050 | 0,14 | 1,4 | 4,3 |
Síndrome de Prader-Willi2 | 0,035 | 0,10 | 1,0 | 3,0 |
Crianças nascidas pequenas para a idade gestacional3 | 0,035 | 0,10 | 1,0 | 3,0 |
Baixa estatura idiopática | Até 0,067 | Até 0,2 | Até 2,0 | Até 6,0 |
1 Doses maiores podem ser utilizadas.
2 A dose diária não deve ultrapassar 2,7 mg. O tratamento não deve ser utilizado em crianças com velocidade de crescimento menor que 1 cm por ano e próximo ao fechamento das epífises (área de crescimento dos ossos). Em pacientes com distúrbio de crescimento o tratamento pode ser realizado até que a altura final seja atingida. O tempo de tratamento para melhora da composição corpórea deve ser avaliado pelo médico responsável pelo tratamento.
3 Esta dose geralmente é recomendada até se atingir a altura final. O tratamento deve ser descontinuado se a velocidade de crescimento em altura for 14 anos (meninas) ou >16 anos (meninos), correspondendo ao fechamento das placas de crescimento epifisário.
Baixa estatura idiopática (sem causa identificada): iniciar o tratamento com 0,15 UI/kg/dia, ajustando a dose de acordo com a resposta clínica e com as concentrações de IGF-1 no sangue. A dosagem periódica do IGF-1 no sangue, durante o tratamento com o Criscy, é útil na avaliação da eficácia, segurança e da aderência à medicação, auxiliando no ajuste da melhor dose para cada paciente.
Tabela 2: Doses recomendadas para pacientes adultos
Indicação | UI/dia dose inicial | Mg/dia dose inicial | UI/ dia dose de manutenção que raramente excede | Mg/ dia dose de manutenção que raramente excede |
Deficiência do hormônio de crescimento em adultos1 | 0,45 – 0,90 | 0,15 – 0,30 | 4 | 1,33 |
1 A dose deve ser aumentada gradualmente de acordo com as necessidades individuais do paciente, conforme determinado pela concentração de IGF-I (substância produzida por estímulo do GH – hormônio do crescimento). O objetivo do tratamento deve ser atingir concentrações de IGF-I dentro de 2 DP (desvio padrão) a partir da média corrigida pela idade.
Pacientes com concentrações normais de IGF-I no início do tratamento devem receber o Criscy até atingir, no máximo, nível normal de IGF-I, não excedendo 2 DP. A resposta clínica e os efeitos colaterais podem ser utilizados como parâmetros de determinação da dose. A dose diária de manutenção raramente excede 1,0 mg ao dia. Mulheres podem necessitar de doses maiores que os homens, sendo que os homens têm demonstrado aumento da sensibilidade ao IGF-I no decorrer do tempo. Isto significa que existe um risco de as mulheres, especialmente aquelas em tratamento de reposição oral de estrógeno (hormônio sexual feminino), sejam subtratadas, enquanto que há o risco dos homens serem supertratados. A exatidão da dose do Criscy deve ser controlada, portanto, a cada 6 meses. As doses podem ser reduzidas visto que a produção fisiológica normal do hormônio de crescimento diminui com a idade. Deve ser utilizada a menor dose efetiva.
Uso em pacientes idosos
A segurança e eficácia do Criscy em pacientes com 60 anos ou mais não foram avaliadas em estudos clínicos.
Pacientes idosos podem ser mais sensíveis à ação do Criscy e ser mais propensos a desenvolver reações adversas.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer de aplicar o Criscy no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, você deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima.
Neste caso, você não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Criscy é um medicamento biossimilar (produto biológico desenvolvido pela via da comparabilidade). E seu produto biológico comparador é o medicamento Genotropin®.
A somatropina pode induzir resistência à insulina e hiperglicemia (aumento da glicose no sangue) em alguns pacientes. Raramente, pode ocorrer diabetes. Nos pacientes diabéticos em tratamento com somatropina pode ser necessário ajustar a dose dos hipoglicemiantes (medicamentos que reduzem a glicose no sangue).
A somatropina também pode interferir nos níveis sanguíneos dos hormônios da tireoide. É recomendado dosar estes hormônios no sangue antes do início e toda vez que ajustar a dose do Criscy.
Em pacientes com deficiência do hormônio de crescimento devido a tratamento de doenças malignas, é recomendado monitorar a recorrência dos sintomas durante o uso de Criscy.
Se a criança apresentar dificuldade para andar durante o tratamento com somatropina, ela deve ser avaliada.
Pacientes que apresentarem dor de cabeça grave ou frequente, alterações visuais, náuseas e/ou vômitos, devem fazer exame de fundo de olho. Em caso de alteração neste exame, o diagnóstico de hipertensão intracraniana (aumento da pressão do cérebro) benigna deve ser considerado. A experiência clínica mostra que pacientes que já apresentaram hipertensão craniana benigna podem ser tratados novamente com somatropina e não apresentam recorrência desta doença; os sintomas devem ser monitorados cuidadosamente. A experiência com a somatropina em pacientes acima de 60 anos é limitada.
Em crianças com síndrome de Prader-Willi, o tratamento com Criscy deve ser acompanhado de dieta com restrição calórica. Ocorrendo piora da escoliose (curvatura lateral da coluna vertebral) durante o uso de Criscy, o médico deverá ser consultado.
A experiência com tratamentos prolongados em pacientes adultos ou com síndrome de Prader-Willi é limitada.
Antes de iniciar o tratamento com somatropina para crianças nascidas pequenas para a idade gestacional (PIG), outras razões que possam explicar o distúrbio do crescimento devem ser descartadas. Não é recomendado o início do tratamento com somatropina em crianças nascidas PIG em idade próxima ao início da puberdade. Se o tratamento com somatropina for interrompido antes de a criança atingir a altura final, o ganho em altura pode ficar prejudicado. Aumento da mortalidade em pacientes com doença crítica aguda devido a complicações após cirurgia cardíaca aberta, cirurgia abdominal ou trauma acidental múltiplo, ou aqueles com insuficiência respiratória aguda foi relatado após o tratamento com quantidades de somatropina e portanto, o potencial benefício da continuação do tratamento com somatropina em pacientes com doenças críticas agudas deve ser ponderado em relação ao risco potencial.
Quando não ocorre aumento da velocidade de crescimento, particularmente no 1° ano de tratamento, em pacientes pediátricos com baixa estatura idiopática, é necessário avaliar a adesão ao tratamento e outras causas de falha de crescimento, como hipotireoidismo, subnutrição, idade óssea avançada e anticorpos contra o rhGH.
Podem ocorrer reações graves de hipersensibilidade sistêmica, incluindo reações anafiláticas e angioedema com a utilização de somatropina e, portanto, caso ocorra uma reação alérgica, deve ser solicitado atendimento médico imediato.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não se sabe se a somatropina é excretada no leite materno, mas a absorção do hormônio pelo estômago e intestino do lactente (bebê em fase de amamentação) é extremamente improvável. Informe ao seu médico se estiver amamentando. Caso ocorra obstrução das vias aéreas superiores (nariz e garganta) incluindo início ou aumento de ronco durante o tratamento com Criscy, consulte o médico.
Não foi observado efeito na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas com o uso de Criscy.
Este medicamento pode causar doping.
A seguir são apresentadas as reações adversas listadas de acordo as categorias de frequência:
Reações adversas descritas na bula de Genotropin® (produto comparador)
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Adultos
Artralgia (dor nas articulações) e edema periférico (inchaço nas extremidades do corpo).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Crianças
Artralgia (dor nas articulações) e reação no local da injeção.
Adultos
Parestesia (dormência e formigamento), mialgia (dor muscular) e rigidez muscular.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Crianças
Parestesia (dormência e formigamento), erupção cutânea, prurido, urticária e edema periférico (inchaço nas extremidades do corpo).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Crianças
Leucemia, hipertensão intracraniana benigna (aumento da pressão dentro do crânio) e mialgia (dor muscular).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Não conhecido.
Frequência desconhecida (não foi possível estimar com os dados disponíveis)
Crianças
Diabetes tipo 2, rigidez muscular, edema facial e diminuição do cortisol no sangue.
Adultos
Diabetes tipo 2, hipertensão intracraniana benigna (aumento da pressão dentro do crânio), erupção cutânea, prurido, urticária, reação no local da injeção, edema facial e diminuição do cortisol no sangue.
Na experiência pós-comercialização, casos raros de morte súbita foram relatados em pacientes portadores de síndrome de Prader-Willi tratados com Genotropin®, embora nenhuma relação causal tenha sido demonstrada.
Foram relatadas ocorrências de deslizamento da epífise femoral proximal e de síndrome de Legg-Calvé-Perthes (osteonecrose/necrose avascular, ocasionalmente associada a deslizamento da epífise femoral proximal) em crianças tratadas com hormônio de crescimento. Casos foram relatados com Genotropin®.
Reações adversas registradas no estudo de fase III (Estudo Ceres)
Ao longo do estudo, foram registrados efeitos adversos (EAs) em um total de 85 participantes, sendo a percentagem de participantes com pelo menos um EA semelhante entre os grupos de tratamento: 87,8 % no grupo Cristália e 87,5 % no grupo Genotropin®. Não se verificaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos face à incidência global de EAs, número mediano de EAs ou incidência de EAs com relação possível, provável ou definida com a medicação.
A intensidade dos EAs foi também semelhante entre os grupos de tratamento, sendo a maioria dos EAs reportados de intensidade moderada (79,8 % no grupo Cristália e 73,3 % no grupo Genotropin®). Apesar de uma alta incidência de EAs no presente estudo, pode observar-se que a relação causal da maioria dos EAs reportados em ambos os grupos foi classificada como “improvável” (49,4 % no grupo Cristália vs. 62,0 % no grupo Genotropin®). Adicionalmente, é de salientar que a grande maioria de EAs foram resolvidos sem sequelas (94,0 % no grupo Cristália vs. 92,0 % no grupo Genotropin®), apenas 1,7 % conduziram à hospitalização (grupo Cristália) e nenhuma morte ou descontinuação devido a EAs foram observadas durante o estudo.
Cinco EAGs (2,1 %) foram observados no grupo Cristália, sendo 3 em uma paciente com craniofaringioma em que foi relatada a progressão da porção cística do tumor em 3 ocasiões. Apesar destes relatos terem sido considerados de relação possível com a medicação, a progressão desse tumor benigno pode acontecer mesmo sem o uso concomitante do hormônio do crescimento e os dados da literatura são inconclusivos quanto à relação causal entre progressão de um craniofaringioma e uso do hormônio de crescimento.
Quanto à imunogenicidade, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de tratamento em termos da incidência de anticorpos durante o período de tratamento. Em nenhum grupo se observou a presença de anticorpos neutralizantes.
A tabela 13 mostra as reações adversas registradas no Estudo Ceres classificadas de acordo com a classe de sistema de órgãos e frequência para crianças e adultos separadamente, usando a seguinte convenção:
- Muito comum (≥1/10);
- Comum (≥1/100 a <1/10);
- Incomum (≥1/1.000 a <1/100);
- Raro (≥ 1/10.000 a <1/1.000);
- Muito raro (<1/10.000);
- Não conhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis).
Tabela 13: Reações adversas com causalidade relacionada (possível, provável ou definida) com o produto Criscy
Classe de sistema de órgãos | Muito comum (≥1/10) | Comum (≥1/100 a <1/10) | Incomum (≥1/1.000 a <1/100) | Raro (≥ 1/10.000 a <1/1.000) | Muito raro (<1/10.000) |
Doenças do sistema nervoso | – | Cefaleia | – | – | – |
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos | – | – | Dores nas extremidades, artralgia, dor cervical, dorsalgia | – | – |
Doenças endócrinas | – | – | Hiperglicemia | – | – |
Doenças gastrointestinais | – | – | Náusea, dor abdominal, vômito | – | – |
Afecções oculares | – | Edema palpebral | – | – | – |
Perturbações gerais e alterações no local da administração | – | – | Dor no local da aplicação | – | – |
Doenças renais e urinárias | – | – | Infecção do trato urinário | – | – |
Doenças do sangue e do sistema linfático | – | – | Trombocitose | – | – |
Informe seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Este medicamento é um produto biossimilar. Seu produto biológico comparador é o medicamento Genotropin®.
Conforme alerta em bula do Genotropin®, este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, informe seu médico.
Cada frasco-ampola do produto contém:
– | 4 UI | 12 UI | 16 UI | 30 UI |
Substância-ativa: somatropina | 1,33 mg | 4,00 mg | 5,33 mg | 10,13 mg |
Excipientes: glicina, fosfato de sódio dibásico, ácido clorídrico, hidróxido de sódio.
Cada frasco-ampola da solução diluente contém:
– | 1,0 mL | 1,9 mL |
Álcool benzílico | 0,0086 mL | 0,01634 mL |
Água para injetáveis | q.s.p. | q.s.p. |
A superdose aguda poderia resultar inicialmente em hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue) e, subsequentemente, em hiperglicemia (aumento da glicose no sangue). A superdose em longo prazo poderia resultar em sinais e sintomas compatíveis com efeitos conhecidos de excesso de hormônio de crescimento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O tratamento concomitante com glicocorticoides inibe os efeitos promotores do crescimento dos medicamentos contendo somatropina.
Pacientes com deficiência de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) devem ter sua terapia de reposição de glicocorticoides cuidadosamente ajustada para evitar qualquer efeito inibitório sobre o crescimento. E devem ter seu crescimento cuidadosamente monitorado para avaliar o impacto potencial do tratamento com glicocorticoides no crescimento.
A administração de somatropina pode aumentar a eliminação de substâncias que sofrem metabolização pelo citocromo P450 3A4 (ex., esteroides sexuais, corticosteroides, anticonvulsivantes e ciclosporina). O aumento da eliminação destes compostos pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos (sanguíneos) dos mesmos. Ainda não se conhece a importância deste fato.
Informe seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Resultados de Eficácia
Somatropina (hormônio do crescimento humano recombinante – rhGH – ou Somatropina, LG Life Sciences, Coreia), produzido por tecnologia DNA-recombinante, utilizando Sacaromyces cerevisiae modificado por engenharia genética, foi estudado quanto à eficácia e segurança clínica, ficando demonstrados os seus benefícios nas condições em que está indicado.
Crianças
O efeito por longo tempo sobre o crescimento foi avaliado durante o tratamento com Somatropina em crianças com deficiência de hormônio do crescimento e primeiro contato com hormônio do crescimento (GH). Os resultados indicaram que o tratamento com Somatropina por até 7 anos, em crianças com deficiência de GH, é efetivo na melhora das taxas de crescimento sem efeitos colaterais indesejáveis (1).
A eficácia e segurança clínica de Somatropina foram avaliadas no tratamento de pacientes com Síndrome de Turner. O tratamento com Somatropina por 12 meses significativamente aumentou a velocidade de crescimento nesses pacientes, especialmente em crianças na faixa etária de 4 a 8 anos. Nenhum evento adverso específico foi observado durante o tratamento (2).
O efeito da terapia com Somatropina foi avaliado por um ano, numa dose de 1 UI (0,33 mg)/kg/semana, sobre a velocidade de crescimento de portadores de Síndrome de Turner. Ao final do período de estudo, houve um incremento médio significativo na velocidade de crescimento estatural, de 6,7 cm/ano, contrastando com 3,8 cm/ano antes do tratamento, mostrando que as pacientes se beneficiaram do tratamento com o rhGH (3).
A eficácia do uso de Somatropina, 0,7 UI (0,23 mg)/kg/semana, foi avaliada em crianças com deficiência de GH, tendo-se verificado também um aumento significativo da velocidade de crescimento estatural. O estudo mostrou também que crianças com deficiência de GH se beneficiaram do tratamento com rhGH mesmo quando iniciado tardiamente, havendo um potencial para incremento da altura final (4).
Um estudo aberto, não randomizado, realizado durante um ano em crianças, visando avaliar a eficácia e a segurança do Somatropina em estimular o efeito de crescimento crianças com Síndrome de Turner, foi verificado que ele foi capaz de estimular o crescimento ósseo de maneira significativa (3.4 ± 1.5 cm/ano no baseline para 8.0 ± 2.6 cm/ano no Mês 6, e para 7.1 ± 1.9 cm/ano no Mês 12). Somatropina foi considerado seguro e bem tolerado, sem nenhum evento adverso significante reportado (5).
Referências Bibliográficas
1. Lee BC; Long-term Growth Response to Growth Hormone Therapy in Children with Growth Hormone Deficiency [Korean Journal of Pediatrics 1997; 40(5); 672-678].
2. Kim DH, Lee BC, Yang SW e Chung WY [Korean Journal Of Pediatric Endocrinology 1998; 3(2): 172-181].
3. Khadilkar VV, Khadilkar AV, Nandy M, Maskati GB; Growth Hormone in Turner Syndrome [Indian Pediatrics 2006; 43 (March 17):236-240].
4. Khadilkar VV, Khadilkar AV, Nandy M, Maskati GB; Multicentric Study of Efficacy and Safety of Growth Hormone use in Growth Hormone Deficient Children in India [Indian J Pediatrics 2007; 74(1):51-54].
5. LGLS; Open, multi-center, non-randomized, uncontrolled phase III study to evaluate efficacy and safety of Eutropin (recombinant human growth hormone) in patients with Turner syndrome.
Características Farmacológicas
Somatropina, pó liofilizado branco, estéril, para injeção subcutânea/intramuscular, contém Somatropina, um hormônio polipeptídico de origem DNA recombinante. Sua molécula tem resíduos de 191 aminoácidos e possui peso molecular entre 21000 e 23000 daltons. Há décadas ele já existe como terapêutica de reposição, mas a sua quantidade era muito pequena, uma vez que era extraído de hipófises de cadáveres. A tecnologia do DNA recombinante tornou possível a produção de um rhGH semelhante ao GH natural.
Farmacodinâmica
A Somatropina promove crescimento ósseo, muscular e de outros tecidos, estimula o anabolismo proteico, promovendo síntese celular das proteínas e dos ácidos nucleicos, e afeta o metabolismo adiposo e mineral. Seu efeito mais notável é a estimulação do crescimento longitudinal dos ossos. Atua também aumentando a densidade mineral óssea após a interrupção do crescimento longitudinal e o fechamento das epífises. Estes efeitos envolvem a diferenciação dos pré-condrócitos em condrócitos e a estimulação da proliferação dos osteoclastos em osteoblastos. Seus efeitos anabólicos e de promoção do crescimento são mediados, indiretamente, pela indução do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O IGF-1 produzido localmente em muitos tecidos é crítico para o crescimento.
Após o início do tratamento com a Somatropina, ocorre uma retenção de nitrogênio, como demonstrado pela redução de sua excreção urinária e dos baixos níveis séricos e urinários da ureia.
No que diz respeito ao metabolismo dos carboidratos, observa-se que as crianças com hipopituitarismo apresentam, algumas vezes, episódios de hipoglicemia em jejum, que tendem a melhorar com o tratamento com o hormônio do crescimento.
Em relação ao metabolismo lipídico, o hormônio do crescimento determina mobilização dos lipídeos, com redução das gorduras de depósitos e aumento dos ácidos graxos livres no plasma.
Quanto ao metabolismo mineral, o hormônio do crescimento favorece retenção do sódio, potássio e fósforo, enquanto aumenta a excreção dos íons de cálcio.
Farmacocinética
Os estudos realizados em coelhos demonstram a dose-dependência para os valores de meia-vida final, o tempo médio de permanência e o volume aparente de distribuição no estado estacionário, enquanto que os valores médios de clearance total no corpo e clearance renal e não renal não foram dose-dependente após administração intravenosa (i.v.) em bolus de Somatropina (0,2 a 5,0 UI/Kg). A porcentagem de Somatropina intacta excretada dentro de 24 horas após a administração da dose pela via intravenosa foi negligenciável, implicando que aproximadamente toda Somatropina foi metabolizada. A biodisponibilidade absoluta da Somatropina depois da administração subcutânea de 0,5 UI /Kg em coelhos foi estimada em cerca de 80% quando comparada com a biodisponibilidade após a administração por via intravenosa.
A concentração plasmática máxima (Cmax) de Somatropina após administração subcutânea de 0,5 UI/Kg em coelhos foi de cerca de 40 a 50 ng/mL e aparece de três a quatro horas após administração (Tmax). Verificou-se que a Somatropina apresentou alta concentração renal e hepática (relação entre tecido e plasma [T/P] maior do que um) e menos concentrado no estômago, coração, pulmão, baço, intestino grosso, músculo e cérebro.
Parâmetros Farmacocinéticos de Somatropina após administração intravenosa em bolus de 0,2, 0,5, 2,0, ou 5,0 UI/Kg em coelhos
Médias (DP) | – | – | – | – |
– | 0,2 UI/Kg | 0,5 UI/Kg | 2,0 UI/Kg | 5,0 UI/Kg |
t1/2 (min) | 9,3 (2,06) | 16,8 (4,75)b | 22,2 (6,74)b | 25,8 (6,78)b |
TMP(min) | 11,6 (1,74) | 21,7 (2,92)a | 26,7 (7,32)a | 37,9 (7,44)b |
Vss (mL/Kg) | 166 (31,8) | 218 (27,4)b | 342 (73,0)b | 556 (46,0)b |
ClT (mL/min x Kg) | 14,2 (5,61) | 10,2 (0,79) | 14,3 (0,79) | 14,7 (3,13) |
ClR (mL/min x Kg) | 0,042 (0,0386) | 0,009 (0,0483) | 0,007 (0,1430) | 0,016 (0,0455) |
ClNR (mL/min x Kg) | 13,9 (6,62) | 10,1 (0,71) | 14,2 (0,78) | 14,2 (2,10) |
a p < 0,01; b p < 0,001 quando comparado com o valor de 0,2 UI/Kg.
Abreviações:
- t1/2 = meia-vida final;
- TMP = tempo médio de permanência;
- Vss = volume aparente de distribuição no estado estacionário;
- ClT = clearance total do organismo;
- ClR = clearance renal;
- ClNR = clearance não-renal; mL = mililitro; min = minuto;
- Kg = quilograma;
- UI = unidade internacional;
- DP = desvio padrão.
Nota: 1 UI de rhGH corresponde a 0,33 mg de proteína.
As concentrações de 4 UI, 12 UI,16 UI e 30 UI possuem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
O Criscy deve ser mantido em sua embalagem original, deve ser conservado fechado sob refrigeração entre 2 a 8 °C, protegido da luz. Não congelar.
A solução diluente deve ser conservada em sua embalagem original, fechado, junto ao produto, nas prateleiras da geladeira. Não congelar.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Antes da reconstituição
O Criscy apresenta-se como um pó liofilizado branco ou quase branco. Possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Após a reconstituição
O Criscy reconstituído apresenta-se como uma solução límpida, com todo o conteúdo dissolvido, praticamente isenta de partículas e incolor ou levemente amarelada. Deve ser conservado sob refrigeração entre 2º e 8ºC, protegido da luz. Não congelar.
Este medicamento, depois de reconstituído, deverá ser utilizado em no máximo 28 dias (4 semanas).
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reg. MS nº102980509
Farmacêutico Responsável:
Dr. José Carlos Módolo
CRF-SP nº 10.446
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14 – Itapira / SP
CNPJ 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor):
0800 701 1918
Uso sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita.
Venda sob prescrição médica.